OBJETIVO DO POST
Pesquisando no Google podemos encontrar algumas páginas interessantes sobre Hitchcock, mas, boa parte delas não passa de um copie e cole descarado. Obviamente, minha fonte principal é o IMDb, mas fui atrás de boa parte da filmografia disponível no Brasil, portanto, trago aqui opiniões pessoais e diretas, sem enrolação. Os reviews estão logo após a lista da filmografia completa.

Teoricamente, não é um post para ser ler inteiro de uma vez e sim para consultar aos poucos.

Vai me acompanhar nesta bela viagem ou NÃO?

PEQUENA BIOGRAFIA
Hitch nasceu em 13 de Agosto de 1899, em Londres, Inglaterra. Ele teve uma rígida educação católica e seu primeiro emprego foi em uma empresa de telégrafo em 1915. Mais ou menos nessa época, Hitch começou a se interessar por filmes, indo ao cinema e lendo jornais americanos.

Em 1920 conseguiu um emprego no estúdio Lasky e 3 anos depois recebeu a chance de dirigir um filme ou pelo menos, finalizar o filme, pois o diretor havia ficado doente.

Logo após, foi contratado pelo Gainsborough Pictures, trabalhando como diretor assistente, roteirista e diretor de arte. Em 1925, dirige, de fato, o seu primeiro filme: The Pleasure Garden.

Hitch fez vários bons filmes na Inglaterra, mas tornou-se o famoso e importante diretor que conhecemos após mudar-se para os Estados Unidos, no início dos anos 1940.

Foram mais de 50 filmes dirigidos por ele e apenas 5 indicações ao Oscar, com Psicose, Janela Indiscreta, Rebecca, Lifeboat e Quando Fala o Coração. Nunca ganhou o prêmio de melhor diretor, mas Rebecca ganhou o de melhor filme em 1940.

O Mestre do Suspense morreu em 29 de Abril de 1980, aos 80 anos, nos EUA.

DEFININDO O ESTILO
Hitchcock era um diretor que se preocupava muito com o visual de seus trabalhos, portanto, é fácil reconhecer seus filmes. Ele tem uma marca e isso só os bons diretores conseguem. Ele era capaz de criar suspense de uma maneira extremamente habilidosa. Geralmente, o personagem não sabia o que estava acontecendo, mas o espectador sim. O filme Pássaros é um exemplo disso, principalmente na cena na qual a mulher está sentada em um banco do lado da escola e os pássaros vão chegando, cada vez em um número maior, sem ela notar.

Alguns temas ou situações aparecem em vários dos seus filmes, por exemplo, a história de um homem errado – alguém que é acusado de cometer um crime sem o ter feito.
Outro tema muito abordado, é a tentativa de se realizar um crime perfeito, um crime que se consiga realizar o intento principal, sem que ninguém desconfie de você. Aparentemente, os filmes dele ensinam que isso não é possível.

E o famoso MacGuffin? O dinheiro roubado em Psicose é o melhor exemplo disso. Chega um momento no qual você esquece completamente dos milhares de dólares.

Outra coisa fácil de perceber em seus filmes é que a bebida de escolha de 90% dos personagems é o bom e velho BRANDY.

Talvez Hitchcock não tenha feito tantos filmes com personagens bem desenvolvidos, mas, normalmente, conseguia arrancar ótimas atuações deles e compensava o pouco desenvolvimento criando situações nas quais o suspense ficava absurdamente elevado.

FILMOGRAFIA COMPLETA
1 Trama Macabra (Family Plot, 1976)
2 Frenesi (Frenzy, 1972)
3 Topázio (Topaz, 1969)
4 Cortina Rasgada (Torn Courtain, 1966)
5 Marnie, Confissões de uma Ladra (Marnie, 1964)
6 Os Pássaros (Birds, 1963)
7 Psicose (Psycho, 1960)
8 Intriga Internacional (North by Northwest, 1959)
9 Um Corpo que Cai (Vertigo, 1958)
10 O Homem Errado (The Wrong Man, 1956)
11 O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1956)
12 O Terceiro Tiro (The Trouble With Harry, 1955)
13 Ladrão de Casaca (To Catch a Thief, 1955)
14 Janela Indiscreta (Rear Window, 1954)
15 Disque M para Matar (Dial M for Murder, 1954)
16 A Tortura do Silêncio (I Confess, 1953)
17 Pacto Sinistro (Strangers on a Train, 1951)
18 Pavor nos Bastidores (Stage Fright, 1950)
19 Sob o Signo de Capricórnio (Under Capricorn, 1949)
20 Festim Diabólico (Rope, 1948)
21 The Paradine Case, 1947
22 Interlúdio (Notorious, 1946)
23 Quando fala o Coração (Spellbound, 1945)
24 Lifeboat, 1944
25 Bon Voyage, 1944
26 Aventure Malgache, 1944
27 A Sombra de uma Dúvida (Shadow of a Doubt, 1943)
28 Sabotador (Saboteur, 1942)
29 Suspeita (Suspicion, 1941)
30 Mr. & Mrs. Smith, 1941
31 Correspondente Estrangeiro (Foreign Correspondent, 1940)
32 Rebecca, A Mulher Inesquecível (Rebecca, 1940)
33 A Estalagem Maldita (Jamaica Inn, 1939)
34 A Dama Oculta (The Lady Vanishes, 1938)
35 Young and Inocent, 1937
36 O Marido Era o Culpado (Sabotage, 1936)
37 O Agente Secreto (The Secret Agent, 1936)
38 Os 39 Degraus (The 39 Steps, 1935)
39 O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1934)
40 Waltzes from Vienna, 1934
41 Number Seventeen, 1932
42 Rich and Strange, 1931
43 Mary, 1931
44 The Skin Game, 1931
45 Assassinato (Murder!, 1930)
46 Juno and the Paycock, 1930
47 Chantagem e Confissão (Blackmail, 1929)
48 The Manxman, 1929
49 Mulher Pública (Easy Virtue, 1928)
50 The Farmer’s Wife, 1928
51 Downhill, 1927
52 O Ringue (The Ringue, 1927)
53 O Pensionista (The Lodge: A Story of the London Fog, 1927)
54 The Pleasure Garden, 1925

FILMES VISTOS (ordem de preferência)

1. Psicose (Psycho, 1960)

Clássico absoluto. Hitchcock atinge o ápice de maneira magistral. Uma mulher rouba 40 mil dólares do seu chefe e foge, parando em um hotel de beira de estrada. Os 40 mil dólares não passam de uma desculpa para conduzir a moça até o hotel, é o famoso MacGuffin. A partir daí temos o melhor exemplo de como criar um filme de suspense. Tudo é construído para nos deixar com medo do hotel, do dono e de sua mãe. A cena do chuveiro é uma das mais famosas do cinema, não por acaso. Hitchcock mostra seu virtuosismo com enquadramentos interessantes e por ter criado um filme com uma atmosfera tão intensa. Destaque também para a atuação de Norman Bates e o estudo psicológico que é feito sobre o seu personagem.
Nota: 10

2. Janela Indiscreta (Rear Window, 1954)

Tudo se passa num mesmo cenário: uma sala em um prédio. James Stewart interpreta um homem que sofre um acidente e não pode andar por um bom tempo. Sua maior distração é observar os seus vizinhos no melhor estilo vouyer. É como se fosse um big brother. Mal sabe ele que isso pode trazer problemas. Janela Indiscreta passa voando. É fascinante acompanhar todos os vizinhos e suas próprias vidas. Claro, tudo melhora quando O Vendedor entra em cena. O filme tem um ar de mistério muito grande, queremos saber exatamente o que está acontecendo, mas Hitchcock nos coloca no ponto de vista do persoangem principal, portanto temos as mesmas dúvidas que ele. Não posso esquecer de Grace Kelly. A atriz desfila toda a sua beleza e competência aqui. A propósito, ela foi a atriz mais bonita de todos os tempos ou não?
Nota: 9

3. Festim Diabólico (Rope, 1948)

Um dos enredos mais sombrios que já vi. Dois estudantes resolvem cometer o assassinato perfeito e com requintes de crueldade. Eles matam um colega e colocam o corpo dentro de um baú da própria casa. Ah, sim.  Os dois dão uma festa e o buffet é servido em cima deste baú. Um dos convidados é o pai do garoto morto. Pesado, hein? Além do enredo ser interessante, os diálogos são fantásticos. Sobra espaço para ironias relacionadas ao cadáver e para discussões filosóficas envolvendo Nietzsche e Hitler. Hitchcock se destaca ao criar longos planos-sequência. São várias cenas de 10 minutos sem corte algum, contribuindo para aumentar a tensão e a veracidade do filme. A ideia era fazer o filme em uma tomada só, mas a tecnologia da época não permitia. Tudo se encaminha de uma maneira bem fluida até o imprevisível final.
Nota: 9

4. Pacto Sinistro (Strangers in a Train, 1951)

A mensagem de Pacto Sinistro é: não inicie conversas com desconhecidos dentro de um trem. Guy Haies está viajando de trem quando recebe uma proposta de Bruno Antony – outro passageiro. Bruno oferece seus serviços para cometer um crime que vai melhorar a vida de Guy, mas exige que Guy cometa um crime do interesse de Bruno. Como são dois desconhecidos, ninguém vai desconfiar. Mas, as coisas não vão sair como o planejado. O forte do filme é a habilidade de Hitchcock em criar cenas cheias de beleza e suspense. Cito algumas: Bruno se concentrando em sua presa em um jogo de tênis, uma perseguição envolvendo pedalinhos e um carrossel “assassino”. Imperdível.
Nota: 9

5. Os Pássaros (The Birds, 1963)

Um dos mais famosos. Annie vai da cidade grande até o interior para fazer uma surpresa para um homem que acaba de conhecer. Num primeiro momento, eu achava que havia algo de errado com esse homem e sua família. Sinceramente, estava ficando com medo deles, mas, em breve percebemos que o perigo são os pássaros. É legal perceber como a ameaça aumenta aos poucos. No começo um ataque isolado, depois um ataque maior contra umas crianças e assim por diante. Aqui temos a memorável cena do porão e mais um detalhe que me chamou a atenção: essa cidadezinha é completamente dominada pelos pássaros e todo mundo sofre as consequências disso sem receber ajuda de fora. Há apenas uma pequena notícia em uma rádio de São Francisco que fala sobre um certo aumento do número de pássaros na cidade. Desolador.
Nota: 8

6. Um Corpo que Cai (Vertigo, 1958)

Me recuso a chamar o filme pelo nome em português. Para mim é Vertigo. É um thriller que mostra que nem tudo é o que parece. Scottie descobre que tem medo de altura e abandona seu trabalho como detetive. Só que não demora muito e um amigo pede uma pequena ajuda. Esse amigo quer que Scottie investigue a sua mulher, pois ele desconfia de algo. Hitchcock sempe se destacou na concepção de imagens e aqui não foi diferente. Existem várias cenas com poucos diálogos e belas imagens. Simplesmente acompanhamos Scottie perseguindo e aos poucos ficando obcecado por tal mulher. São os melhores momentos de Vertigo, sem dúvida.
Nota: 8

7. O Homem Errado (The Wrong Man, 1956)

Eu diria que O Homem Errado é dois filmes em um. Na primeira parte, somos apresentados a um homem acima de qualquer suspeita. É respeitado pelos colegas de trabalho, é um bom pai e tem um bom relacionamento com a mãe. O fato é que o acusam de cometer crimes na região. As testemunhas não têm dúvida ao afirmar que ele é o culpado. Essa é a melhor parte do filme, pois há um mistério e uma dúvida muito grande para o público. Não sabemos em quem acreditar, apesar dos pontos positivos do personagem. A segunda parte é basicamente uma história de tribunal e aí ele perde um pouco da qualidade, mas se mantém acima da média.
Nota: 8

8. Trama Macabra (Family Plot, 1976)

O último filme do diretor. O começo não estava me agradando em nada, principalmente pela péssima atuação da atriz principal, mas, aos poucos ele cresce em qualidade, transformando-se em um excelente exemplo de filme de investigação, recheado de suspense, mistério e até mesmo ação. Ótimo.
Nota: 8

9. Frenesi (Frenzy, 1972)

Por essa foto dá pra perceber que não há economias no humor negro. A cidade de Londres está apreensiva com o surgimento de um Serial Killer, cuja marca é enforcar mulheres com gravatas. Como não poderia deixar de ser, o principal suspeito é um cara que não tem nada a ver com os crimes e ele vira um fugitivo. Mortes violentas, nudez, humor negro e cenas extremamente engraçadas envolvendo uma gastronomia exótica podem ser encontrados neste ótimo filme.
Nota: 8

10. Disque M para Matar (Dial M for Murder, 1954)

O tema do crime perfeito é abordado novamente. No papel o crime perfeito é uma coisa, já na realidade, é outra. É impressionante como Hitchcock cria cenas memoráveis em quase todos os seus filmes. A cena memorável em Disque M para Matar é essa da foto. Outra situação interessante é todo o esforço do marido para não ser preso e do investigador para descobrir o verdadeiro culpado.
Nota: 8

11. Rebecca, A Mulher Inesquecível (Rebecca, 1940)

Único filme de Hitchcock a levar o Oscar de melhor filme, em 1940. O começo é meio enrolado, com uns diálogos extremamente datados, chegando a ser chato. Quando começamos a conhecer Rebecca as coisas melhoram sensivelmente. Rebecca está morta há um tempo, mas sua presença pode ser sentida por toda a casa. Preparem-se para uma interessante reviravolta.
Nota: 7

12. Intriga Internacional (North by Northwest, 1959)

Um Hitchcock diferente. Intriga Internacional tem muitos fãs, isso é inegável. Ele chama tanto a atenção pois trata-se de um blockbuster cheio de ação. Isso mesmo. Existem cenas de suspense, como uma que ocorre em uma estrada, mas ele é basicamente um filme de perseguição, no maior estilo gato e rato, culminando com a famosa cena no monte Rushmore. É considerado o embrião de filmes como James Bond e Indiana Jones. Minha reclamação: excessivamente longo.
Nota: 7

13. Marnie, Confissões de uma Ladra (Marnie, 1964)

Um verdadeiro estudo de personagem. Marnie é uma mulher traumatizada e é ótimo descobri-la. Por que ela teme trovões? Por que não suporta a cor vermelha? Por que ela rouba? Por que tem um relcionamento tão distante com a mãe? Os mistérios relacionados a ela vão sendo respondidos pouco a pouco. Destaque para a partipação do Sean Connery, com sua voz mais do que impactante.
Nota: 7

14. Sabotador (Saboteur, 1942)

Novamente, a questão do homem errado está em pauta. Um homem é acusado de ter botado fogo em um galpão cheio de aviões, mas ele é inocente. Ao mesmo tempo em que foge, ele tem que provar a sua inocência. Pode ser considerado um road movie, já que o homem passa por diversos lugares na sua fuga. Ele conhece várias pessoas, umas boas e outras nem tanto. Um filme bacana de se assistir, ainda mais quando se aproxima do seu desfecho, que ocorre no topo da estátua da liberdade.
Nota: 7

15. Cortina Rasgada (Torn Courtain, 1966)

Paull Newmann e Julie Andrews (aka Merry Poppins) estão neste interessante thriller de Hitchcock, cujo pano de fundo é a Guerra Fria e a tentativa dos americanos de descobrirem segredos relacionados a guerra nuclear. Há uma certa atmosfera de conspiração e duas ótimas cenas, dignas do grande diretor: um assassinato em uma fazenda e uma fuga de um ônibus. O problema do filme é que ele foi lançado logo após Marnie, Psicose e Os Pássaros.
Nota: 7

16. Topázio (Topaz, 1969)

Um filme irregular, mas com bons momentos que comprovam a genialidade do diretor. Mais uma vez os temas são guerra fria e espionagem e aqui a violência do período é bem retratada. Há uma história de amor um tanto bobinha, que não colabora em nada para o enredo.
Nota: 7

17. O Terceiro Tiro (The Trouble With Harry, 1955)

Em um dos melhores trabalhos de fotografia dos filmes do Hitchcock, tudo se desenrola em uma cidade do interior com um clima bem bucólico, onde parece que nada acontece. Isso até vermos um corpo estendido no chão. Quem matou esse homem? É o mistério que permanece durante quase todo o filme. O Terceiro Tiro tem um ritmo agradável, com aquele tipo de humor que nos faz rir com o canto de boca, no melhor estilo inglês.
Nota: 7

18. Pavor nos Bastidores (Stage Fright, 1950)

Uma bela fotografia em preto e branco e mais uma vez o recorrente tema do homem inocente que é considerado culpado. Não é dos mais marcantes, porém a cena final é uma das melhores dos filmes do Hitchcock.
Nota: 7

19. O Ringue (The Ringue, 1927)

Considerado por muitos como o melhor filme mudo do diretor. Acreditem, eis uma história de amor. Apesar das atuações um tanto datadas, tem muita coisa boa aqui. A história é meio piegas, basicamente dois homens vão lutar pela mão de uma mulher. O legal é observar algumas técnicas do diretor, como desfocar a câmera ao mostrar um personagem bêbado.
Nota: 7

20. A Estalagem Maldita (Jamaica Inn, 1939)

Piratas + Hitchcock é uma combinação interessante, ainda mais quando são piratas sanguinários. O destaque vai para o ator Charles Laughton e seu personagem marcante. É uma adaptação de um livro conhecido da língua inglesa e pelas críticas que eu li, parece que o Hitchcock não conseguiu transmitir a essência dele.
Nota: 7

21. O Pensionista (The Lodge: A Story of the London Fog, 1927)

Inspirado na reputação de Jack, o Estripador, o serial killer que atormentava londres. Alguns bons momentos de suspense e uma reviravolta previsível.
Nota: 6

22. O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1934)

O único filme que eu não gostei. Os acontecimentos me pareceram um tanto forçados e falsos. Só consigo destacar uma cena dentro de um consultório odontológico. Acho que nem mesmo o Hitch gostou do filme, se não ele não teria feito um remake 20 anos depois.
Nota: 5


Curiosidades
Foi condecorado cavaleiro em 1980, mesmo ano de sua morte.
Virou cidadão americano em 1956.
Considerava Luis Buñel o melhor diretor de todos os tempos.
Fez o discurso mais curto da História do Oscar: ao receber o prêmio Irving Thalberg em 1967, simplesmente disse “Obrigado”.
Era torcedor do West Ham United.


Quotes/Citações
Não há terror no bang e sim na espera por ele.
– Faça o público sofrer o máximo possível.
– Para fazer um grande filme você precisa de três coisas – o roteiro, o roteiro e o roteiro.
– Cary Grant é o único ator que amei em toda a minha vida.


Vídeos
Os famosos cameos de Hitchcock.

Sites
http://www.imdb.com/name/nm0000033/
http://en.wikipedia.org/wiki/Alfred_Hitchcock
Terra cinema
Espelho imperfeito


– B.K.