Título original: Signs
Ano: 2002
Diretor: M. Night Shyamalan

Quem assiste Sinais pensando num filme de invasão alienígena aos moldes de Independence Day fatalmente se decepciona. Shyamalan aborda essa situação do ponto de vista de uma única família e de uma maneira bem intimista. Não dá para negar que o principal tema do filme é a relação de Graham Hess (Mel Gibson) com a fé. Antigamente, ele era um reverendo e após a violenta morte da esposa decidiu não mais gastar tempo com preces.

M. Night Shyamalan sabe como contar uma boa história. Este tema permitiu ao diretor nos oferecer grandes doses de suspense e uma boa parcela de humor. Na parte do suspense, é notória a influência de Hitchcock. Shyamalan aproveita diversas situações para criar um clima de tensão incontrolável e orgânico. Muitas vezes de maneira sutil, ele consegue nos assustar de maneira eficiente. Uma rápida imagem de um ser em cima do telhado, uma perna no meio do milharal, barulhos estranhos captados por um walkie-talkie e um reflexo na tela da telivisão são exemplos da criatividade deste indiano talentoso.

Não bastasse isso, Sinais proporciona momentos de diversão, o que não seria possível não fosse o roteiro bem escrito e as atuações com excelente química de Mel Gibson, Joaquin Phoenix e as crianças Rory Culkin e Abigail Breslin. Enfim, considero Sinais um trabalho completo e o ápice da carreira de Shyamalan, que, infelizmente, está em declínio desde então. Em breve ele vai lançar um novo filme e espero que alcance a redenção.
Nota: 9

*** Quem aí acha Sinais o melhor da carreira dele? E quem acha o pior?