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Wrath of the Nortmen conseguiu ser levemente melhor do que o piloto da série e com isso já fiquei convencido a acompanhá-la até o fim da primeira temporada, que terá 9 episódios.

Dando continuidade aos acontecimentos do episódio anterior, vemos Ragnar e seu irmão Rollo procurando tripulantes para a viagem marítima ao oeste (leia-se Inglaterra) em busca de riquezas. Tal ideia vai contra a vontade do líder local, Earl Haraldson. Contrariar Earl não é uma atitude muito segura, como fica evidenciado pelo violento destino que recai sobre um de seus comandados que ousou dormir com sua mulher. Aliás, parece que estamos diante do típico vilão cheio de métodos cruéis para garantir que suas vontades sejam feitas. Confesso que não sou muito fã desse tipo de personagem, mas o seriado está começando agora e muitas coisas podem ainda acontecer. Ficamos também com a impressão de que a mulher de Earl tem bastante influência sobre ele.

Uma cena em particular garante boas risadas ao nos mostrar uma briga de marido e mulher no melhor estilo Viking. É tapa na cara, golpe de escudo na cabeça, ameaças com qualquer objeto disponível e assim por diante. A briga se dá pela vontade de Lagertha em partir para o oeste junto do marido, mas Ragnar a impede, dizendo que alguém tem que cuidar das crianças.

A viagem transcorre cheia de problemas e dificuldades. Uma tempestade gigantesca cai sobre eles e como um personagem diz, a sensação é de que Thor está batendo o seu martelo. Pior do que a tempestade é a desconfiança que alguns dos tripulantes demonstram, fazendo com que Ragnar tenha que tomar uma atitude enérgica para não deixar que esse sentimento atrapalhe o moral dos outros.

Essas cenas no mar contam com uma eficiente direção, hábil em transmitir muito bem a sensação de perigo eminente. Para encarar uma viagem dessa só com uma dose cavalar de coragem e isso os vikings parecem ter de sobra. O que os temíveis homens do norte também parecem ter de sobra é um desejo de destruição, como ficou bem nítido no primeiro contato deles com os monges ingleses. Se alguém achava que haveria uma conversa ou algo assim, é melhor pensar duas vezes. O encontro dos vikings com os monges foi temperado com muita brutalidade e pilhagem.

Chama a atenção o choque cultural, principalmente em relação as diferentes crenças religiosas desses dois povos. Rollo olha para uma cruz e fala que o Deus dos monges não serve para nada, já que está morto, ao contrário dos seus deuses que estão visíveis na natureza.

A série merece aplausos por corajosamente nos colocar no ponto de vista de um grupo essencialmente violento, que conquista riquezas na base da força. Agora são várias as possibilidades para o desenrolar da história e a maioria delas promete bastante, principalmente o possível embate cultural entre esses dois povos completamente distintos.
8/10