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Somos Tão Jovens, dirigido por Antonio Carlos da Fontoura e protagonizado por Thiago Mendonça, aborda o período em que Renato Russo se descobriu como músico e decidiu investir nessa difícil carreira.

O filme se passa entre o final dos anos 70 e o início dos anos 80, algo retratado de maneira competente e nostálgica pela cuidadosa composição dos cenários e também pelas músicas. Durante boa parte de Somos Tão Jovens vemos Renato Russo como vocalista da banda punk Aborto ElétricoA participação de Renato nesta banda revela-se importante para ele crescer como músico e amadurecer um pouco como pessoa.

Um dos pontos positivos do filme é o fato dele jamais esconder algumas atitudes reprováveis do cantor, como a sua tendência em dramatizar situações e até um certo egoísmo. Felizmente, não há endeusamento do biografado.

A verdade é que a pegada de Somos Tão Jovens é leve e descompromissada. Os momentos eficientes de humor e a overdose de músicas do Legião que sabemos na ponta da língua tornam a experiência realmente divertida. É curioso também ver as inspirações para a composição de diversas letras, como Eduardo e Mônica e Faroeste Caboclo, além é claro do surgimento do Capital Inicial e da Plebe Rude.

Pode-se criticar o roteiro por soar episódico e por não se aprofundar em outros aspectos da vida do cantor. De qualquer forma, a satisfação é garantida se compreendermos que o objetivo principal deste trabalho não é nos levar às lagrimas, mas sim nos fazer lembrar com alegria de um dos grandes nomes da música nacional.
8/10

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