Se formos considerar a qualidade do livro A Dança da Morte e as boas expectativas quando uma adaptação para a TV foi anunciada, não dá para negar que The Stand está decepcionando. De qualquer forma, noto uma sensível melhora nos episódios semana a semana, me dando esperanças de que o seriado alcance um pouquinho do brilho do material original.
The House of the Dead revela uma situação brutal pela qual Harold e Frannie passaram na estrada rumo a Boulder. Pelo caminho deles havia um homem que se intitulava um macho alfa, cujo objetivo aparentemente era fazer os homens mais fracos sofrerem e abusar das mulheres. Se a trama de The Stand fosse contada de maneira linear a tensão seria muito maior. Como sabemos que Frannie e Harold estão vivos alguns meses depois perde-se o fator surpresa. Mesmo assim, a sequência tem suas doses de violência e suspense.
Esse é mais um momento em que Harold é humilhado. Alguns dias antes sua investida amorosa foi totalmente rechaçada por Frannie. Ele está virando uma bomba relógio de fato.
Não é à toa que Randall Flag tem planos grandiosos para ele. O instrumento que o Homem Escuro utiliza para convencer Harold a executar a missão homicida é Nadine. Finalmente Nadine mostra quem realmente é. Mas sejamos sinceros. A cena em que ela seduz Harold é bem meia boca. Tudo muito protocolar e sem imaginação.
Os 5 escolhidos por mãe Abagail tentam organizar a sociedade em Boulder com mais afinco. Com os burburinhos da malignidade vinda de Vegas, nada mais apropriado que criar uma força policial local para patrulhar as fronteiras. Poucos ali devem ter sido policiais ou seguranças antes do vírus, mas é o que tem para hoje.
Outra ideia dos 5 é enviar espiões para Las Vegas e obter informações sobre o que está se passando por lá. Para isso, eles escolhem as pessoas que menos levantariam suspeitas. Um dos escolhidos é Tom Cullen, o homem de 40 anos que tem a cabeça de um menino de 8. Finalmente há em The Stand um momento que o roteiro consegue puxar para o lado da sensibilidade de forma genuína. Me refiro à relação de Nick e Tom e a despedida dos dois quando Tom parte para sua perigosa empreitada.
Com diálogos menos artificiais e nos permitindo entender um pouco melhor a dinâmica desse novo mundo, The House of the Dead oferece um certo alento para quem está desanimado com o andamento do seriado.
O cliffhanger novamente cria boas expectativas para o próximo episódio. Espero que The Stand agora foque em Flagg e revele suas intenções.
Nota: 7.6