Os fatos por trás de “Garganta Profunda” – o pornô mais famoso de todos os tempos – poderiam render um filme forte e repleto de nuances, mas a aparente falta de coragem dos roteiristas gerou um trabalho morno e burocrático. De qualquer forma, Lovelace nunca é entediante. Temos aqui uma competente recriação da década de 1970, com direito a músicas do período e detalhes interessantes nos cenários. O humor não é deixado de lado, principalmente nos diálogos dos atores do filme dentro do filme e quando presenciamos a reação de todos diante da peculiar habilidade de Linda Lovelace. Os momentos mais marcantes são aqueles que retratam o marido possessivo e perturbado de Linda, que a fez passar por situações revoltantes. É doloroso ver a garota pedir auxílio a mãe e esta lhe diz para respeitar o marido. Essa relação com os pais poderia ter sido melhor explorada e – convenhamos – a quebra da linearidade não foi a melhor escolha para contar a história. Algo realmente significativo e intenso poderia ter sido criado, mas no fim das contas Lovelace tem um jeitão de drama feito para TV.
7
Do que eu tenho lido, me parece que “Lovelace” não tem cumprido o que era esperado dele. Uma pena. Acho que a Amanda Seyfried apostava muito nesse projeto como uma forma de se tornar, de vez, do primeiro time de atrizes jovens de Hollywood. Pelo jeito, vai ficar para a próxima.
É bem por aí, Kamila, mas, de qualquer forma, ela está muito bem!
É isso, poderia ser melhor explorado, acho a divisão ruim também, o filme já poderia mostrar desde o início o drama dela com o marido e não aquela pseudo ingenuidade e deslumbramento.
Isso mesmo… essa escolha do diretor/roteirista acabou atrapalhando. Pena
Jamais pensaria na Amanda Seyfried para interpretar Linda Lovelace! Para mim ela ainda é a intérprete de filmes como “Mamma Mia” e “Cartas para Julieta”. Mas certamente vou conferir o filme, apesar da nota morninha.
Também não imaginava ela para o papel, mas ela fez um ótimo trabalho, o roteiro que não colaborou…