the-sessions-2012

Após contrair poliomielite aos 6 anos de idade, Mark O’Brien ficou paralisado do pescoço para baixo. Tal condição não o impediu de concluir a faculdade, mas aos 38 anos de idade continua virgem e isso o incomoda muito. Para tentar contornar o problema, ele busca os serviços de Cheryl, uma “substituta sexual” especialista em atender pessoas com as mais diversas deficiências.
Apesar de não poder se mexer e de ter que passar a maior parte do tempo em um respirador (o chamado pulmão de aço), Mark encara sua realidade com um humor autodepreciativo. Religioso, mantém conversas produtivas com um padre moderninho, do tipo que não existe na vida real.
As Sessões possui um clima mais light do que o esperado, garantindo algumas boas risadas sem desrespeitar seus personagens. É claro que o filme nos reserva momentos mais sérios, mas ele não consegue nos emocionar como pretendia. O ponto forte fica por conta da aproximação entre Mark e Cheryl, que aos poucos extrapola a relação profissional. Helen Hunt se mostra corajosa ao ficar completamente nua em frente às câmeras e John Hawkes conduz o filme com muita competência.
No final das contas, temos a  sensação de que o roteiro se perde e não sabe como terminar a história. Trata-se de um daqueles casos que o material era suficientemente bom para gerar algo memorável, mas certas escolhas não permitem que isso aconteça. Pena.
7/10