As primeiras imagens de Vírus mostram uma família se divertindo na praia. É uma imagem antiga, chuviscada. As crianças brincam na areia e perseguem gaivotas. Logo essas imagens dão lugar a 4 pessoas dentro de um carro, no qual se pode ler a frase “Road Warrior” pintada capô, numa referência a Mad Max. Brian é quem está atrás do volante. Ele dirige a mais de 100 quilômetros por hora, toma uma cerveja e age como um louco. Ao seu lado está Danny, um rapaz bem mais comedido. No banco de trás, a namorada de Brian e uma amiga de Danny. Os dois rapazes são os irmãos das imagens iniciais e agora são sobreviventes em um mundo vazio e sem futuro.
Um vírus está acabando com o planeta Terra e com todos os seus habitantes. É fácil ser infectado e uma vez hospedeiro, não há mais chances de se manter vivo por muito tempo. É por isso que os irmãos criam regras de sobrevivência. Isso soa como Zumbilândia, mas não se enganem. Vírus é um filme com um tom mais sério e sem zumbis. O objetivo dos irmãos é dirigir até a praia que é mostrada no início, como se ela fosse um tipo de porto seguro para eles. É um road-movie que coloca os personagens em situações desesperadoras, mas não espere ação e nem terror. Espere ver quatro pessoas normais lidando de maneiras imprevisíveis com perdas e com um mundo que está se acabando.
Existem várias cenas fortes, algumas que eu até não esperava ver. Em momentos extremos é que a verdadeira essência da pessoa se revela e o filme foi muito feliz em mostrar isso. Em uma sequência, há uma demonstração do amor incondicional que um pai sente pelo filho e em outra, os personagens não hesitam em abandonar os outros para tentar sobreviver. Me surpreendi com a capacidade desses atores em me fazer acreditar no que estava vendo.
Claro que o filme tem erros, alguns até graves. Os clichês comuns em filmes assim estão presentes. Você vai ver alguém tomando decisões absurdamente erradas, assim como alguns buracos no roteiro. O bom é que o filme funciona. Se concentrar na maneira como os personagens reagem ao fim das coisas como elas são é o verdadeiro charme de Vírus, que ainda encontra tempo para alívios cômicos verossímeis, como uma partida de golfe diferente. Uma agradável e perturbadora surpresa, eu diria.
Título original: Carriers
Ano: 2009
País: EUA
Direção: Alex e David Pastor
Roteiro: Alex e David Pastor
Duração: 84 minutos
Elenco: Lou Taylor Pucci, Chris Pine, Piper Perabo, Emily VanCamp
/bruno knott
Nossa! haha
Achei esse filme mais um horror teen clichê. Tem seus momentos, mas poucos. O elenco faz o necessário e não surpreende, talvez exceto pelo Chris Pine, um nível acima de todos ali. Deu pra passar o tempo e só. hehe
Confesso que o filme teve um efeito em mim que eu não esperava!
Oi, confesso que só li críticas ruins sobre ele, rs…mas, eu vi o trailer e nada me atrai, somente a presença de Piper Perabo.
Mas, teu texto mostrou outro lado…quem sabe, né? rs
abs
Piper Perabo atrai qualquer um! hehehe
Bruno, se o filme for tão bom quanto a sua crítica, vou ter um ótimo fim-de-semana. Já tinha descartado na locadora, mas ao ler o que você escreveu mudei de idéia. Já liguei e reservei. Obrigada, um abraço.
Valeu pelo voto de confiança Stella!!
Peguei esse filme pra ver já esperando uma bomba. Aos poucos ele abre as possibilidades para discussões e se torna uma obra interessante – que para mim, foge completamente dos clichês de filmes de horror “teen”.
Temos o mesmo sentimento para com o filme. Me impressionei com o tanto que ele cresceu no meu conceito.
Ah, Bruno! Eu não gostei muito desse filme não. Tem umas cenas boas, mas não me empolgou quando assisti.
Olha, gosto muito desse tipo de filme, mas realmente seus comentários me surpreenderam – já que poucos blogueiros o elogiaram. Verei!
Pois é, só vi o pessoal metendo o pau nele…
Eu achei um filme razoável. Gostei de certas coisas, mas achei algumas escolhas até implausíveis e frias. Daria um 6.
Muito frias mesmo… acho que isso que teve um impacto em mim.
Que nota alta, hein!
Foi o único comentário positivo que vi por aí. O gênero não me atrai muito, é – quase – sempre mais do mesmo. Mas seu texto mostrou que vale a pena. Se cair em minhas mãos, assisto.
[]s!
Pois é, os blogueiros não curtiram mesmo… mas estive dando uma olhada no ROTTEN TOMATOES e tem uns comentários que aprovam o filme, apesar de uma ou outra falha.
Dê uma chance, sem dúvida vale a pena.
Abraços!
Me diverti com o filme, Bruno, cria uns momentos de suspense, mas não cheguei ao ponto de me animar a fazer um post no blog. Será preguiça domingueira ou entusiasmo apenas moderado? Talvez os dois… Aluguei “Mad Max” para conferir. Boa lembrança!
Achei que você ia gostar mais…
Mas pelo menos não odiou! hehehe
Mad Max é clássico dos clássicos
As reflexoes que esse filme nos traz, vale a pena.
compare-se a vida real, nesse mundo insano …
Concordo totalmente contigo!