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Não é exagero dizer que Platoon é um dos filmes de guerra mais autênticos e realistas já produzidos, principalmente se pensarmos em termos de Guerra do Vietnã. Para comprovar tal afirmação, basta sabermos que o diretor Oliver Stone serviu na infantaria americana no conflito e que o personagem principal basicamente representa o próprio diretor. Ao analisarmos entrevistas de Stone sobre o filme e a Guerra em si, vemos declarações sinceras que demonstram seu desejo de transmitir para o público a sensação de estar no meio daquele caos. Para completar, uma exibição do filme a alguns veteranos da guerra e a reação deles é outro indicativo da verossimilhança de Platoon.

Assim como o novato Chris Taylor (Charlie Sheen) aterrizamos no Vietnã e temos as piores impressões possíveis. O calor, cadáveres transportados em sacos plásticos e o olhar vazio de um veterano indo embora são sintomáticos. Em um missão de reconhecimento, Chris percebe que o perigo não reside apenas nos vietcongues, mas também na floresta densa, na umidade, nos insetos, nas cobras e nas poucas horas de sono. Mais tarde, ele descobre que até o mesmo o seu próprio pelotão pode representar um risco, afinal existe um racha entre os sargentos Barnes e Elias.

Uma guerra como essa é capaz de transformar o ser humano rapidamente. Uma morte causada pelo exército inimigo serve como desculpa para atos covardes contra uma vila indefesa. A loucura toma conta de alguns, assim como o mais profundo medo. Percebam a diferença de Chris no começo e no final do filme. Para sobreviver aqui é necessário adaptar-se e contar com um pouco da sorte.

O filme acerta em cheio ao retratar de maneira honesta e visceral a guerra do Vietnã, com momentos de muita tensão, medo e violência. E claro, temos que aplaudir Stone por mostrar toda a controvérsia acerca deste conflito.

Um top 10 do gênero.

5