Tim Burton é um cara talentoso. Quando assistimos a um filme dele podemos facilmente reconhecer o estilo único do diretor. Edward Mãos de Tesoura, Ed Wood e Peixe Grande são filmes de extrema qualidade, que mostram que a habilidade dele não é pequena. Infelizmente, não dá para negar alguns tropeços ao longo de sua carreira e é com uma certa tristeza que constatamos que esses tropeços estão ficando cada vez mais frequentes. Alice no País das Maravilhas não é um filme ruim, mas tem tudo para ser rapidamente esquecido. Recebi uma boa dose de entretenimento durante os 108 minutos, mas como trata-se de Tim Burton a gente sempre espera algo a mais.
Todos conhecemos a história de Alice e ainda que Burton tenha feito várias modificações, a essência é basicamente a mesma. Alice não aguenta a pressão de ter que se casar com um cidadão extremamente chato e resolve seguir um coelho que estava nas redondezas. Esse coelho leva a garota até uma toca e uma vez lá dentro a menina acredita estar sonhando, pois é impossível acreditar em gatos que desaparecem, animais que falam e num chapeleiro maluco, não é mesmo? Logo, Alice recebe a incumbência de ter que derrotar o monstro Jaberwock da Rainha Vermelha e salvar a todos.
Falando em Rainha Vermela, é na participação de Helena Bonham Carter que reside um dos trunfos do filme. Ela cria uma personagem cruel, que explora qualquer tipo de ser vivo e que adora proferir a ordem: “Cortem a cabeça!”. Johnny Depp se esforça em tornar o Chapeleiro Maluco um personagem marcante, mas o roteiro não permite que isso aconteça. A história em si e a resolução são um tanto bobinhas e previsíveis. O destaque mesmo é a parte visual do filme, com cenários fantasiosos e com personagens donos de aparencias pra lá de interessantes, como A Rainha Vermelha e sua cabeça enorme e os gêmeos obesos e não muito inteligentes. Quando os créditos desceram duas coisas passaram pela minha cabeça: uma sensação de que o filme poderia ter sido melhor e uma preocupação em relação a carreira do Tim Burton. Será que um dia ele vai ser capaz de criar algo do nível de Edward ou Ed Wood?
Título original: Alice in Wonderland
Ano: 2010
País: USA
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton
Duração: 108 minutos
Elenco: Johnny Depp, Mia Wasikowska, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Crispin Glover, Alan Rickman, Timothy Spall
/alice no país das maravilhas (2010) –
bruno knott,
sempre
Será que a gente exige demais dos grandes? hehe. Também achei Alice um bom entretenimento, não mais do que isso. E como você falou, sempre esperamos mais de Tim Burton. Assim como esperava mais de Johnny Depp, e não sei se concordo que foi só o roteiro que o prejudicou, achei sua interpretação caricata demais, sem falar naquela dancinha do final… E pensar que ele ainda está indicado ao Globo de Ouro.
Tomara que a dupla ainda nos brinde com outras pérolas como as que você citou.
bjs
Caramba, esqueci de falar dessa dancinha… que coisa bizarra!!!
a dancinha não foi o Jhonny Depp que fez, foi um dublê.
o fato é que ficou estranha, não acha?!
Pois é Bruno, to há um bom tempo pensando em fazer um texto polemico a respeito sobre a carreira de Burton. Porque tem mto fã de Burton que se apaixona por qualquer tranqueira que ele dirija. Sempre fui apaixonada pelo Tim Burton, amo mto dos trabalho deles, como sendo meus filmes preferidos. Acontece que de uns tempos pra cá ficou “tão na moda”falar que adora Tim Burton que acabei deixando de lado. Além de Alice ter me decepcionado demais, essas noticias que a gnt nao sabe se é verdade ou nao, como por exemplo ele querer fazer remake de A Familia Adams, só tá me causando desgosto…
Só pra constar, AMO a Helena! Ta divina no papel, mesmo com um roteiro tosco.
Abs!
A Helena é foda!
Pois é… tá na hora do Burton parar pra repensar suas escolhas.
A Rainha Vermelha, da Helena Bonham Carter, é a melhor coisa desse filme, junto da parte técnica. No mais, “Alice no País das Maravilhas” é até um filme nada subversivo ou ousado. Faltou isso! E eu esperava isso do Tim Burton.
Ousadia não se encontra aqui, mesmo.
Realmente não é o melhor de Tim Burton, mas mesmo assim gostei da adaptação.
Achei a atriz Mia Waiskowska fraca.
Abraço
A Mia W. não transmitia emoções, tal qual uma versão feminina do Keanu Reeves.
Fiquei embevecida com o visual de Alice, maravilhada mesmo, embora a história nunca tenha sido das minhas favoritas. Tendo passado o tempo, constato que o filme permaneceu na minha lembrança sobretudo pela beleza. Agora, depois de ler tua crítica, resolvi dar uma de Rainha Vermelha. Vou cortar uma estrelinha da Alice do Tim Burton no blog By Star: 8 está mais do que bom!
HEhehehe… um corte preciso!
E daí Bruno…
Faz tempo que eu não venho aqui… mas ainda sou fã do blog!
Alice pra mim foi um completo desastre… se não fosse pela atuação da Helena Bonham Carter e pelo visual bem Burton seria disperdício de tempo!! Ao contrário dos caras do Globo de Ouro neh, que adoraram!!!!
Abraço
Fala brother, valeu pela visita!!!
Os nego do Globo de Ouro tão mais louco que o batimã…
Abraços.
Apesar do seu bom texto…
Este filme peca pelo roteiro fraco e extremamente bobo, além de falhas nas interpretações – mas, eu achei o Depp bom, quem ficou realmente caricata foi Anne Hathaway e Mia Wasikowska (além de fisicamente parecida com Gwyneth Paltrow, parecia ela atuando, rs) não mostrou densidade.
Não vi nenhum ‘choque’ dela – pelo menos a ausência de expressão da atriz proporciona isso – em cenas que a própria Alice deveria transmitir isso. Ela, em momento algum, parece deslumbrada ou mesmo mostra “medo” e fragilidade em momentos que deveria transparecer esse condicionamento. Mas, nem foi culpa dela, mas sim problemas de direção do Burton (a menininha Alice também soava estranha, apática e artificial) e do roteiro esquisito. A direção foi muito, mas muito mecanizada…e o roteiro da metade pro final fica totalmente chato…o personagem de Depp, certas falas ditas e certas cenas soam totalmente tediosas…Desnecessárias passagens da Alice com sua família, aquele casamento tosco com o caricato pretendente dela e a dancinha dela (e do Depp também) me deixaram com vergonha alheia, rs.
E vou ser sincero, nem achei tãaaao bem feito os efeitos visuais – a cena que ela cai do buraco, achei bem mecânica e deu pra sentir bem a montagem e tal. Parecia o tempo todo que Mia Wasikowska estava atuando apenas num cenário 3D, não dava forma na atuação e nem os efeitos – totalmente em excessos e cansativos – proporcionava um lirismo…
Engraçado que pseudos críticos e blogueiros por aí contestam atuações do elenco de Crepúsculo e não perceberam o quão apática, superficial e mecânica foi a atuação de Mia…e tenho certeza que ela estava também desconfortável ali, visto que na série “In Treatment” ela foi intensa, versátil e tinha textura dramática…
Gostei mais da trilha sonora do Danny, um recurso muito apurado e marcante! deu todo o clima e atmosfera ao filme…logo nos créditos iniciais; gostei da caracterização de Helena Bonham Carter (muito, mais muito cõmica e cruel!) e achei que a cenografia estava mesmo um primor.
Mas, tudo foi meio chatinho: por vezes, cansava o excessivo efeito visual, o roteiro frouxo e meio louco, enfim…
abraço
Nossa, agora q vc falou realmente a moça é a cara da Gwyneth Paltrow…
Essa dancinha aí foi uma das piores coisas que eu vi no cinema em 2010…
Já vc falou de Crepusculo, eu vi aquele filme Remember Me com o Robert Pattison e não que o cara atuou muito bem?
Abração e valeu pelo comentário.
Cara, eu sou um pouco cético com Tim Burton. Gosto muito dos filmes dele que tu citou no início, mas seus tropeços estão mesmo sendo cada vez mais frequentes. E “Alice…” foi um dos feios. Só mesmo Bonham Carter e o departamento técnico se salvam, porque o resto do elenco – incluindo a nossa “heroína” – a direção limitada e o roteiro fraco torna “Alice…” um filme enfadonho e esquecível. A história de Carroll tinha tudo pra se tornar épica nas mãos de Burton, mas, infelizmente, não foi isso o que aconteceu. E o diretor ficou devendo mais uma vez uma obra à altura de seu talento…
abs!
Espero que o Burton não se torne o próximo Shyamalan!!
Abs.
O filme é simplista e a história não decola, mas é compensado pela exuberância visual. Falta carisma a Alice, Johnny Depp surge caricato e a salvação fica por conta de Helena Bonham Carter, a rainha vermelha. Tim Burton se perdeu em seu mundo encantado.
Nem precisava ter a Alice, bastava ser um filme como a Rainha Vermelha como protagonista. O filme seria mais divertido, diferente e agradável!
Abs 😉
maior decepção de 2010
http://filme-do-dia.blogspot.com/
Uma das maiores, com certeza.
Achei o 3D totalmente desnecessário. O filme seria menos pior sem. rs
Jura que você gostou mesmo da atuação do Pattinson em Remember Me? Eu preferi a atuação da irmanzinha (não lembro o no me da atriz). Aliás, o filme em si foi chato. Bjs
O Senhor Rui me falou que você não gostou nada nada do Remember Me… eu fiquei bem surpreso com o filme e com o Pattinson, curti mesmo o filme!
Bjos.